quinta-feira, 3 de maio de 2012

Crédito imobiliário da Caixa fica até 21% mais barato


Segundo a instituição, em um financiamento no valor de R$ 200 mil é possível economizar cerca de R$ 18 mil

Os mutuários que adquirirem um imóvel de até R$ 500 mil, (dos quais a Caixa financia até R$ 450 mil), nas regras do Sistema Financeiro da Habitação, terão taxas reduzidas de 10% para 9% ao ano
FOTO: DIVULGAÇÃO


Brasília/São Paulo. Em mais uma investida do governo para reduzir os juros cobrados pelos bancos no país, a Caixa Econômica Federal diminuiu em até 21% as taxas nos financiamentos imobiliários. O banco estatal é o primeiro a anunciar o esforço de redução dos valores para o crédito da casa própria.

As novas taxas valerão apenas para novos financiamentos, contratados a partir do dia 4 de maio, data de início do próximo feirão de imóveis promovido pela instituição financeira em 13 cidades brasileiras.

Os mutuários que adquirem um imóvel de até R$ 500 mil (dos quais a Caixa financia até R$ 450 mil) nas regras do Sistema Financeiro da Habitação terão taxas reduzidas de 10% para 9% ao ano. Aqueles que tiverem conta corrente, cheque especial e cartão de crédito do banco poderão ter acesso a juros de 8,4% ao ano. Clientes que também recebem o salário na Caixa poderão ter juros de até 7,9%.

R$ 18 mil de economia

Segundo a instituição financeira, todo cliente, independentemente de relacionamento com o banco, em um financiamento de R$ 200 mil, por exemplo, economizará cerca de R$ 1.800 na prestação no primeiro ano, e um total de mais de R$ 18 mil em um contrato de 20 anos.

No caso de financiamento de imóvel de até R$ 170 mil, nas regras do FGTS, a taxa máxima irá cair de 8,4% ao ano para 7,9% para quem possui relacionamento e conta salário no banco. O cliente que também é cotista do fundo poderá pagar juros de 7,4% ao ano, inclusive para financiamento enquadrado no Programa Minha Casa, Minha Vida, na faixa de renda acima de R$ 3.100. "A economia para um financiamento de R$ 100 mil, por exemplo, dentro das regras do FGTS, será de R$ 450 no primeiro ano e de cerca de R$ 7.000 em 30 anos, garante a Caixa. Em todos esses casos é preciso acrescentar a variação da TR.

Imóveis adquiridos fora do SFH, com valores superiores a R$ 500 mil, terão taxas de financiamento reduzidas de 11% ao ano para 10% ao ano. Clientes com relacionamento terão juros de 9,2%, e aqueles que também tiverem conta salário terão direito a taxas de 9% ao ano.

Citibank

Quem também anunciou ontem um corte nas taxas de juros foi o Citibank, que reduzirá os juros para os clientes pessoa física a partir de 2 de maio nas linhas de crédito imobiliário, crédito pessoal, cheque especial e financiamento de veículos.

A taxa para novas operações de crédito imobiliário no Citibank será de 8,9% ao ano mais a TR para financiamentos contratados nas condições do SFH. Já para o novas operações de crédito pessoal, a taxa será a partir de 1,69% ao mês, enquanto que para financiamento de veículos será a partir de 0,99%.

As novas taxas para cheque especial, que serão também praticadas para os contratos vigentes, fica a partir de 1,99% o mês.

OPINIÃO
Setor imobiliário vive momento promissor

Esta redução nos juros do crédito imobiliário, primeiramente anunciada pela Caixa Econômica Federal, veio em excelente hora, pois somada com os diversos cortes efetuados por grandes bancos brasileiros neste mês, inclusive em móveis e itens da linha branca, transforma o atual momento em um dos mais promissores para o mercado de imóveis. Além de comerciantes e consumidores, quem também acaba se beneficiando com esta medida é o próprio trabalhador da construção civil, que com certeza terá mais oportunidades por conta da demanda. Aliás, não é porque as pessoas vão procurar mais o setor imobiliário que os preços vão subir. A expectativa para este ano é de estabilidade no preço dos imóveis, pois chega um ponto em que as parcelas não cabem mais no bolso das pessoas e fica inviável promover um reajuste.

André Montenegro
VICE-PRESIDENTE DO SINDUSCON

Alugar pode ser melhor opção para jovens casais

Há um ditado popular que diz "quem casa, quer casa". Eis que logo surge a dúvida: comprar um imóvel, mesmo que financiado, ou alugar? Diante do dilema, qual o mais indicado e viável financeiramente, sobretudo para quem está começando uma vida nova, a dois?

Apesar das vantagens e facilidades de crédito e prazos disponíveis no mercado financeiro e imobiliário para a aquisição da casa própria, há também quem aposte no aluguel, como a melhor opção para a moradia de jovens nubentes, nos primeiros anos do matrimônio.

"Para quem não tem recursos disponíveis, o melhor é alugar, e mesmo quem tem, deve ter paciência para buscar a melhor oportunidade", aponta o engenheiro civil e orientador de Planejamento Financeiro e Familiar, Augusto Saboia. Ele lembra que é no começo da relação do casal, quando ambos trabalham e ainda não têm filhos, o momento mais indicado para se começar a poupar parte da renda mensal; já de olho em projetos futuros, seja a casa própria, a educação, seja a faculdade dos filhos e até a aposentadoria.

Vantagens e desvantagens

Palestrante de hoje da 6ªExpo Money, Saboia enumera, alguma as vantagens do aluguel, sobre a aquisição. Inicialmente, ele aponta a possibilidade de se escolher morar em um bairro com vários serviços disponíveis, perto do trabalho ou da faculdade, o que permite redução de despesas com locomoção, combustível e diversão.

"A boa localização (da moradia) é a que fica perto de onde se circula", avalia o consultor financeiro. Outra vantagem é poder alugar imóveis menores, mas em condomínios que dispõem de academia de ginástica, áreas de lazer, como piscina, quadras esportivas, churrasqueira etc, por exemplos. "Isso também, pode resultar em redução de despesas para custear fora de casa os mesmos serviços", ressalta.

Saboia aponta ainda, a possibilidade de mudança rápida, no caso do casal não se adaptar com o bairro escolhido, ou diante da necessidade de troca de emprego ou do local de trabalho. "Isso nem sempre é tão fácil, quando a casa é própria", alerta.

Ele reconhece, no entanto, que locação implica em despesas com aluguel. "As vezes, morar bem, em uma casa própria, mas longe da área de convívio diário, pode elevar despesas, o que sugere planejamento regular das finanças do casal", opina.


Negócios
Diário do Nordeste
Incentivo à casa própria
Crédito imobiliário da Caixa fica até 21% mais barato
26.04.2012

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